Certos chefes de empresa andavam preocupados com as roupas de seus funcionários. Não havia uniformidade e não eram bonitas, fazendo do ambiente de trabalho um verdadeiro carnaval. Além disso, prejudicava seus trabalhadores, pois estas se rasgavam quando era necessário fazer algum trabalho mais duro.
Como a empresa possuia bastante dinheiro, resolveu fazer um concurso para contratar os melhores estilistas e costureiros. Haveria duas provas, uma teórica, onde uma errada anularia uma certa, e outra de títulos.
Vários estilistas com doutorado passaram.
A última moda nas faculdades de alta costura era fazer desenho, corte e costura usando um super-computador de nome JAVA. Poucas pessoas conseguiam operá-lo e a qualquer falha demorava-se muito tempo até conseguir consertá-lo, mas todos os especialistas contratados diziam ter um alto conhecimento sobre ele. Diziam que aquela máquina realmente produziria maravilhas para a empresa.
Assim, mesmo demorando bastante tempo, na luta com a máquina, os especialistas começaram a criar as primeiras roupas. Estas saíram desconfortáveis e os funcionários ficaram incomodados de ter que usá-las, mas como apenas seguiam ordens, usaram.
O rendimento da empresa caiu, mas agora estava-se usando na empresa o mesmo que as melhores universidades e grandes empresas utilizavam.
Mas um acontecimento estranho aconteceu na empresa. Apareceu um servente que já havia trabalhado em confecções e que resolveu ajudar.
Este servente começou a fazer as roupas dos colegas. Via como era o trabalhos deles e fazia uma roupa sob medida, sem rebarbas ou firulas. Utilizava uma máquina industrial simples, mas muito eficiente chamada PHP.
Essa máquina não era capaz de fazer roupas de astronautas, mas as roupas de trabalho ela fazia de forma rápida e segura, sem problemas. Na verdade era a máquina mais utilizada no planeta, mas não era bem vista por especialistas, que gostavam de máquinas mais complexas, robustas e de difícil operação.
Os funcionários e até alguns chefes da empresa começaram a usar as roupas do servente e deixavam as roupas feitas pelos especialistas na gaveta.
Quando os experts tomaram conhecimento do que estava acontecendo, ficaram enfurecidos. Temos que fazer algo para resolver este problema.
Foram falar com os chefes da empresa e explicaram que não dava para usar na empresa roupas do servente, pois, mesmo ele sendo bom, era apenas um, e não conseguiria atender a toda a empresa.
Explicaram também que ele não utilizava as máquinas de última geração, o que poderia gerar roupas com defeitos.
Os altos administradores, mesmo desconfiados, deram um voto a eles. Afinal, como confiar em um servente se temos o laudo dos melhores especialistas?
E assim se repudia o servente até hoje, embora quase todos os funcionários da empresa utilizem as roupas feitas por ele.
Os experts? Continuam na luta com a super-máquina.
A empresa? Essa continua lenta, burocrática e a espera da super-máquina.
Autor Desconhecido
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